22 dezembro 2008
NATAL, E NÃO DEZEMBRO (David Mourão-Ferreira)
Nossa Senhora e o Menino, de Rafael
NATAL, E NÃO DEZEMBRO
Entremos, apressados, friorentos,
numa gruta, no bojo de um navio,
num presépio, num prédio, num presídio,
no prédio que amanhã for demolido...
Entremos, inseguros, mas entremos.
Entremos, e depressa, em qualquer sítio,
porque esta noite chama-se Dezembro,
porque sofremos, porque temos frio.
Entremos, dois a dois: somos duzentos,
duzentos mil, doze milhões de nada.
Procuremos o rastro de uma casa,
a cave, a gruta, o sulco de uma nave...
Entremos, despojados, mas entremos.
Das mãos dadas talvez o fogo nasça,
talvez seja Natal e não Dezembro,
talvez universal a consoada.
15 dezembro 2008
NOVIDADES BIBLIOGRÁFICAS EM LÍNGUA ESPANHOLA
LEITURAS DE ESPANHOL - BREVES NARRATIVAS
con actividades de pré-leitura e exploração didáctica
Nível elementar 1
José Luis O. Ariza, Amnesia
Pablo Daniel G. Cremona, Historia de una Distancia
Nível elementar 2
Eva Garcia F. Puppo, Manuela
Ana Isabel B. Picado, El Ascensor
Nível intermédio 1
Jorge G. Morcillo, Azahar
Nível intermédio 2
Isabel M. Adrián, La Biblioteca
Nível elementar 1 - após de 50/60 horas de aulas
Nível elementar 2 - a partir de 100/120 de horas de aulas
Nível intermédio 1 - a partir de 160/180 horas de aulas
Nível intermédio 2 - a partir de 220/240 horas de aulas
11 dezembro 2008
SESSENTA ANOS DA DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DO HOMEM
A BE/CRE assinalou os sessenta anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos com uma palestra a cargo da professora Lia Ribeiro, do grupo de História, que, generosamente e com enorme competência e entusiasmo, se prontificou a dinamizar o evento. Estiveram presentes as duas turmas do 11º ano do Curso de Técnico de Turismo, para além de vários docentes.
Analisada a ficha de avaliação que os presentes foram convidados a preencher no final, verificou-se que o evento teve "nota" altamente positiva. A prolongada salva de palmas recebida no final pela profesora palestrante foi absolutamente eloquente.
Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (1789)
09 dezembro 2008
Dia 10 de Dezembro - Dia dos Direitos Humanos
CARTA A MEUS FILHOS SOBRE OS FUZILAMENTOS DE GOYA
Não sei, meus filhos, que mundo será o vosso.
É possível, porque tudo é possível, que ele seja
aquele que eu desejo para vós. Um simples mundo,
onde tudo tenha apenas a dificuldade que advém
de nada haver que não seja simples e natural.
Um mundo em que tudo seja permitido,
conforme o vosso gosto, o vosso anseio, o vosso prazer,
o vosso respeito pelos outros, o respeito dos outros por vós.
E é possível que não seja isto, nem sequer seja isto
o que vos interessa para viver. Tudo é possível,
ainda quando lutemos, como devemos lutar,
por quanto nos pareça a liberdade e a justiça,
ou mais que qualquer delas uma fiel
dedicação à honra de estar vivo.
Um dia sabereis que mais que a humanidade
não tem conta o número dos que pensaram assim,
Amaram o seu semelhante no que ele tinha de único,
de insólito, de livre, de diferente,
e foram sacrificados, torturados, espancados,
e entregues hipocritamente à secular justiça,
para que os liquidasse com suma piedade e sem efusão de sangue.
Por serem fiéis a um Deus, a um pensamento,
a uma pátria, uma esperança, ou muito apenas
à fome irrespondível que lhes roía as entranhas,
foram estripados, esfolados, queimados, gaseados,
e os seus corpos amontoados tão anonimamente quanto haviam vivido,
ou as suas cinzas dispersas para que delas não restasse memória.
Às vezes por serem de uma raça, outras
por serem de uma classe, expiaram todos
os erros que não tinham cometido ou não tinham consciência
de haver cometido. Mas também aconteceu
e acontece que não foram mortos.
Houve sempre infinitas maneiras de prevalecer,
aniquilando mansamente, delicadamente
por ínvios caminhos quais se diz que são ínvios os de Deus.
Estes fuzilamentos, este heroísmo, este horror,
foi uma coisa, entre mil, acontecida em Espanha
há mais de um século e que por violenta e injusta
ofendeu o coração de um pintor chamado Goya
que tinha um coração muito grande, cheio de fúria
e de amor. Mas isto nada é, meus filhos.
Apenas um episódio, um episódio breve,
nesta cadeia de que sois um elo (ou não sereis)
de ferro e de suor e sangue e algum sémen
o caminho do mundo que vos sonho.
Acreditai que nenhum mundo, que nada nem ninguém,
vale mais que uma vida ou a alegria de tê-la.
É isto o que mais importa – essa alegria.
Acreditai que a dignidade em que hão-de falar-vos tanto
não é senão essa alegria que vem
de estar-se vivo e sabendo que nenhuma vez
alguém está menos vivo ou sofre ou morre
para que um só de vós resista um pouco mais
à morte que é de todos e virá.
Que tudo isto sabereis serenamente,
sem culpas a ninguém, sem terror, sem ambição,
e sobretudo sem desapego ou indiferença,
ardentemente espero. Tanto sangue,
tanta dor, tanta angústia, um dia
- mesmo que o tédio de um mundo feliz vos persiga –
não hão-de ser em vão. Confesso que
muitas vezes, pensando no horror de tantos séculos
de opressão e crueldade, hesito por momentos
e uma amargura me submerge inconsolável.
Será ou não em vão? Mas, mesmo que o não sejam,
quem ressuscita esses milhões, quem restitui
não só a vida, mas tudo o que lhes foi tirado?
Nenhum Juízo Final, meus filhos, pode dar-lhes
aquele instante que não viveram, aquele objecto
que não fruiram, aquele gesto
de amor, que fariam “amanhã”.
E, por isso, o mesmo mundo que criemos
nos cumpre tê-lo com cuidado, como coisa
que não é só nossa, que nos é cedida
para a guardarmos respeitosamente
em memória do sangue que nos corre nas veias,
da nossa carne que foi outra, do amor que
outros não amaram porque lho roubaram.
Jorge de Sena – Metamorfoses, 1963
Alçada Baptista (1927-2008)
02 dezembro 2008
Torre de Babel, de Brueghel o Velho
29 novembro 2008
1º DE DEZEMBRO, DIA DA RESTAURAÇÃO
1 de Dezembro de 1640
Restauração da Independência de Portugal
Margarida de Sabóia era o verdadeiro nome da Duquesa de Mântua, neta do rei Filipe II de Espanha e prima de Filipe IV, foi nomeada vice-rainha de Portugal pelo conde-duque de Olivares, cargo que exerceu durante seis anos.Durante o seu governo, o país sente-se cada vez mais humilhado e empobrecido perante o aumento e lançamento de mais e mais impostos necessários a Espanha, envolvida na Guerra dos Trinta Anos. Os portugueses desesperados, fartos de pagar impostos para os cofres de Espanha e serem tratados como povo de 2ª, principiam os motins. Em Évora começam a aparecer incitamentos à revolta, assinados pelo Manuelinho de Évora.Em Outubro de 1640, iniciam-se as movimentações para pôr fim ao domínio filipino. No dia 1.º de Dezembro, os fidalgos invadem o paço. D. Antão de Almada e D. Carlos de Noronha vão ter com a Duquesa de Mântua e dizem-lhe que Portugal não reconhece outro rei senão D. João IV. A vice-rainha tentou impor-se, mas D. Antão de Almada convenceu-a a aceitar a decisão e a sair dali. Altivamente, a Duquesa perguntou-lhe: "manda-me sair a mim? E de que maneira? Carlos de Noronha respondeu-lhe: "Obrigando Vossa Alteza a que, se não quiser sair por aquela porta, tenha de sair pela janela." Em 1640, na sequência da Restauração, Margarida de Sabóia, Duquesa de Mântua, foi encarcerada no Convento de Santos-o-Novo.
http://www.parlamento.pt/VisitaVirtual/Paginas/BiogDuquesadeMantua
FOI HÁ 488 ANOS
26 novembro 2008
CONCURSO UMA AVENTURA LITERÁRIA - CARTAZ DE DIVULGAÇÃO E REGULAMENTO
REGULAMENTO
Concurso Uma Aventura... Literária 2008
O Concurso Uma Aventura... Literária 2008 tem quatro modalidades: Crítica, Texto Original, Desenho e Teatro.
Modalidade Crítica: Crítica a qualquer dos livros seleccionados para o concurso. (Uma página dactilografada ou manuscrita.)
Modalidade Texto Original: Um texto original, imaginado pelo concorrente, com personagens originais. Tema livre. (Uma ou duas páginas dactilografadas ou manuscritas.)
Modalidade Desenho: Um desenho que ilustre um momento de qualquer dos livros a concurso – desenhos a preto e branco em papel A4. (Os concorrentes não devem imitar os desenhos dos livros.)
Modalidade Teatro: Adaptação teatral de um episódio à escolha dos livros Portugal Encoberto e Restaurado (História de Portugal – Vol. VII), Histórias e Lendas da Europa e Histórias e Lendas da América.
Os trabalhos podem ser individuais ou de grupo. Devem vir identificados com o nome do(s) concorrente(s), morada, telefone, idade, ano que frequenta(m), nome e morada da escola e nome do(s) professor(es) coordenador(es). O fornecimento destes dados deve ser feito através do preenchimento de uma ficha fornecida pela Editorial Caminho. Esta ficha estará disponível no site: http://www.uma-aventura.pt e será enviada a quem a solicitar.
O Júri será constituído por uma equipa da Editorial Caminho.
Os trabalhos concorrentes não serão devolvidos.
Prémios de Crítica, Texto Original e Desenho
Os trabalhos serão divididos por quatro graus de ensino: 1.º Ciclo; 2.º Ciclo; 3.º Ciclo; Ensino Secundário. No 1.º Ciclo haverá três prémios para os alunos do 1.º e 2.º ano e três para os alunos do 3º e 4º ano. Os trabalhos premiados (três por cada grau de ensino e por cada modalidade) serão publicados com o nome e com a fotografia dos autores, bem como o nome da escola que frequentam, num livro da colecção Uma Aventura.
A cada trabalho premiado corresponderá ainda um cheque-livro da Editorial Caminho (1º Prémio – 50 euros, 2º Prémio – 37 euros e 3º Prémio – 25 euros).
Os professores responsáveis por estes trabalhos premiados recebem igualmente, por trabalho, um cheque-livro da Editorial Caminho no valor de 25 euros.
Prémios de Teatro
Nesta modalidade não há distinção por graus de ensino e são premiadas as cinco melhores adaptações teatrais com 2 tipos de prémios:
Um cheque-livro no valor de 50 euros para os autores do texto e a publicação do trabalho no site www.uma-aventura.pt com o nome e fotografia dos autores, bem como o nome da escola que frequentam.
Convite para que os autores do texto ou colegas da mesma escola representem a peça numa festa a realizar no Teatro Aberto, em Lisboa, onde serão atribuídos troféus aos melhores actores principais feminino e masculino, aos melhores actores secundários feminino e masculino, ao melhor guarda roupa e ao melhor cenário.
Menções Honrosas
Os concorrentes distinguidos com Menções Honrosas recebem um livro oferecido pela Caminho (um por trabalho) e um Diploma de Menção Honrosa.
Prémios de Participação
Todos os concorrentes recebem um Diploma de Participação e um autocolante.
Todos os professores responsáveis pelos trabalhos apresentados a concurso recebem um Diploma de Coordenação Pedagógica.
Todas as escolas que participem recebem um cheque-livro da Editorial Caminho no valor de 15 euros.
Prazos e Contactos
Os trabalhos devem ser enviados, pelo correio, até ao dia 15 de Fevereiro de 2008 (Data dos CTT) para:
Concurso Uma Aventura... Literária 2008
Editorial Caminho
Estrada de Paço de Arcos, 66/66A
2735-336 Cacém
A lista de premiados será publicada na comunicação social e no site www.uma-aventura.pt na 2ª semana de Maio de 2008 e os prémios serão entregues numa cerimónia que terá lugar na Feira do Livro de Lisboa e no Teatro Aberto, em Lisboa, no início de Junho.
Para mais informações contactar, em dias úteis das 10.00h às 13.00 h e das 14.00h às 18.00h, Catarina Cruzeiro através dos telefones: 214272287 e 214272200, telefax: 214272201, e-mail: fantastico@editorial-caminho.pt ou pelo correio para: Editorial Caminho – Estrada de Paço de Arcos, 66/66A – 2735-336 Cacém.
Livros a Concurso
Modalidade de Crítica e Desenho
O Crocodilo Nini; O Pirata das Ilhas da Bruma; Os Primos e o Feiticeiro Lampeiro; Um Trono Para Dois Irmãos; Mataram o Rei; Quero Ser Outro e todos os títulos da colecção Uma Aventura. Para as modalidades de Desenho e Crítica, os livros a concurso foram seleccionados entre os que constam das listas de obras recomendadas para leitura orientada e para leitura autónoma pelo M.E. Assim, se os professores o desejarem podem integrar a participação no Concurso Uma Aventura... Literária 2008 nas actividades que levarem a cabo no âmbito do Plano Nacional de Leitura.
Todos os livros recomendados que pertencem a uma colecção podem ser substituídos por outro da mesma colecção, se o professor assim o entender.
Modalidade de Teatro
Portugal Encoberto e Restaurado (História de Portugal – Vol. VII), Histórias e Lendas da Europa e Histórias e Lendas da América.
Informa-te e participa!
www.uma-aventura.pt e www.editorial-caminho.pt
DIA MUNDIAL DA FILOSOFIA
"Escola de Atenas", de Rafael
Por iniciativa do grupo de docentes da disciplina de Filosofia, a escola comemorou, no passado dia 21 de Novembro, o Dia Mundial da Filosofia. A efeméride decorreu na biblioteca, por onde várias turmas do ensino secundário passaram ao longo do dia. A par da exposição do acervo bibliográfico da área da Filosofia, a que se acrescentaram obras do pensador português Eduardo Lourenço e de outros autores da Filosofia Portuguesa trazidos pelos próprios docentes da disciplina, estiveram patentes trabalhos elaborados pelos alunos dos 10º e 11º anos, versando, nomeadamente a "Filosofia no feminino" e os filósofos portugueses. Paralelamente, foi organizada uma pequena feira do livro temático. Houve ainda tempo para leituras comentadas de excertos de textos filosóficos e para visionar documentos em suporte digital incidentes em dois grandes domínios do pensamento filosófico: a ética e estética.
25 novembro 2008
DIA NACIONAL DA CULTURA CIENTÍFICA
POEMA PARA GALILEU
António Gedeão
Estou olhando o teu retrato, meu velho pisano,
aquele teu retrato que toda a gente conhece,
em que a tua bela cabeça desabrocha e floresce
sobre um modesto cabeção de pano.
Aquele retrato da Galeria dos Ofícios da tua velha Florença.
(Não, não, Galileo! Eu não disse Santo Ofício.
Disse Galeria dos Ofícios.)
Aquele retrato da Galeria dos Ofícios da requintada Florença.
Lembras-te? A Ponte Vecchio, a Loggia, a Piazza della Signoria…
Eu sei… eu sei…
As margens doces do Arno às horas pardas da melancolia.
Ai que saudade, Galileo Galilei!
Olha. Sabes? Lá em Florença
está guardado um dedo da tua mão direita num relicário.
Palavra de honra que está!
As voltas que o mundo dá!
Se calhar até há gente que pensa
que entraste no calendário.
Eu queria agradecer-te, Galileo,
a inteligência das coisas que me deste.
Eu,
e quantos milhões de homens como eu
a quem tu esclareceste,
ia jurar- que disparate, Galileo!
- e jurava a pés juntos e apostava a cabeça
sem a menor hesitação-
que os corpos caem tanto mais depressa
quanto mais pesados são.
Pois não é evidente, Galileo?
Quem acredita que um penedo caia
com a mesma rapidez que um botão de camisa ou que um seixo da praia?
Esta era a inteligência que Deus nos deu.
Estava agora a lembrar-me, Galileo,
daquela cena em que tu estavas sentado num escabelo
e tinhas à tua frente
um friso de homens doutos, hirtos, de toga e de capelo
a olharem-te severamente.
Estavam todos a ralhar contigo,
que parecia impossível que um homem da tua idade
e da tua condição,
se tivesse tornado num perigo
para a Humanidade
e para a Civilização.
Tu, embaraçado e comprometido, em silêncio mordiscavas os lábios,
e percorrias, cheio de piedade,
os rostos impenetráveis daquela fila de sábios.
Teus olhos habituados à observação dos satélites e das estrelas,
desceram lá das suas alturas
e poisaram, como aves aturdidas- parece-me que estou a vê-las -,
nas faces grávidas daquelas reverendíssimas criaturas.
E tu foste dizendo a tudo que sim, que sim senhor, que era tudo tal qual
conforme suas eminências desejavam,
e dirias que o Sol era quadrado e a Lua pentagonal
e que os astros bailavam e entoavam
à meia-noite louvores à harmonia universal.
E juraste que nunca mais repetirias
nem a ti mesmo, na própria intimidade do teu pensamento, livre e calma,
aquelas abomináveis heresias
que ensinavas e descrevias
para eterna perdição da tua alma.
Ai Galileo!
Mal sabem os teus doutos juízes, grandes senhores deste pequeno mundo
que assim mesmo, empertigados nos seus cadeirões de braços,
andavam a correr e a rolar pelos espaços
à razão de trinta quilómetros por segundo.
Tu é que sabias, Galileo Galilei.
Por isso eram teus olhos misericordiosos,
por isso era teu coração cheio de piedade,
piedade pelos homens que não precisam de sofrer, homens ditosos
a quem Deus dispensou de buscar a verdade.
Por isso estoicamente, mansamente,
resististe a todas as torturas,
a todas as angústias, a todos os contratempos,
enquanto eles, do alto incessível das suas alturas,
foram caindo,
caindo,
caindo,
caindo,
caindo sempre,
e sempre,
ininterruptamente,
na razão directa do quadrado dos tempos.
19 novembro 2008
CONCURSO NACIONAL DE LEITURA - 1ª FASE
1ª fase - Nível de escola
Data da prova: 7 de Janeiro de 2009, às 16h30m, na biblioteca.
3º CICLO - OBRAS A LER:
Sophia de Mello Breyner Andresen - O Cavaleiro da Dinamarca, Editora Figueirinhas
Micher Tournier - Sexta-feira ou a Vida Selvagem, Editorial Presença
Luís Sepúlveda - História de uma Gaivota e do Gato que a Ensinou a Voar, Editorial Caminho
Candidatos já inscritos:
8º B
19789 – Adriana S. P. Gonçalves
19791 – Ana Carolina S. Varandas
19795 – Cátia Sofia T. Luís
19800 – Joana Rita C. Cardoso
10801 – João Pedro P. Mineiro
19803 – Jorge Francisco C. Heleno
19806 – Marlene D. Pratas
8º D
19232 – André Filipe B. Carvalho
19821 – Inês Alexandra F. Serra
19824 – Micaela M. Gaspar
19826 - Pedro Alagoa João
19813 - Pedro Miguel L. Rosa
8º E
19873 – Ana Sofia L. Leal
19870 – Diogo Alexandre L. Lucas
19774 – Fábio C. Sousa
20399 – Francisco Bernardo B. C. T. Monteiro
8º F
19777 – Maria C. Moreira
19859 – Rita S. Duarte
19782 – Svitlana Palona
9º D
19332 - Ricardo Veríssimo
Boas leituras!
14 novembro 2008
07 novembro 2008
Já nas bancas o número de Novembro
04 novembro 2008
Cesária Évora canta "Lua nha testemunha" em crioulo cabo-verdiano de base portuguesa
Bô ka ta pensâ
nha kretxeu
Nen bô ka t'imajiâ,
o k'lonj di bó m ten sofridu.
Perguntâ
lua na séu
lua nha kompanhêra
di solidão.
Lua vagabunda di ispasu
ki ta konxê tud d'nha vida,
nha disventura,
El ê k' ta konta-bu
nha kretxeu
tud k'um ten sofridu
na ausênsia
y na distânsia.
Mundu, bô ten roladu ku mi
num jogu di kabra-séga,
sempri ta persigi-m,
Pa kada volta ki mundu da
el ta traze-m un dor
pa m txiga más pa Déuz
02 novembro 2008
31 outubro 2008
Livros da vida
Maria Filomena Mónica escolhe nove livros da sua vida...
As Aventuras de Tom Sawyer, de Mark Twain, lido, em português, numa adaptação da Portugália. Durante um Verão, aos 13 anos, sonhei transformar-me naquele rapazinho rebelde, vivendo perto de um rio chamado Mississípi.
O Monte dos Vendavais, de Emily Brontë, (de que há uma tradução portuguesa na Relógio d’Água), uma obra sobre a qual tão profundamente meditei que ia dando cabo da minha vida: identifiquei-me com Catherine, a criatura que se apaixona pelo malvado Heathcliff.
George Orwell, o das reportagens, como The Road to Wigan Pier (sobre a vida nas comunidades mineiras do Lancashire e Yorkshire nos anos 30) e o do jornalismo: considero Politics and the English Language um dos ensaios mais lúcidos jamais publicados. (Está acessível em português, na excelente tradução de Desidério Murcho, em Por Que Escrevo e Outros Ensaios, da Antígona.) É o amor de Orwell pela liberdade e o estilo da sua prosa que me interessam.
Da Democracia na América, de Alexis de Tocqueville. Ninguém, como ele, apontou as fraquezas e as forças da democracia; ninguém, como ele, teve a percepção do que um governo democrático pode conseguir ou pôr em perigo; ninguém, como ele, entendeu o dilema entre a igualdade e a liberdade. (Existe uma óptima tradução de Miguel Serras Pereira na Relógio d’Água.)
Pais e Filhos, de Ivan Turgueniev, pela construção, pelo estilo, pela concisão, pelas personagens, pela análise de uma sociedade em transição. (Há uma tradução portuguesa na Relógio d’Água.)
O 18 Brumário de Luís Bonaparte, que mostra como, além de panfletário, economista e pensador utópico, Karl Marx podia ser um grande historiador, capaz de, em cima do acontecimento – o golpe de Estado de 2 de Dezembro de 1851 – analisar as suas causas.
Os Maias, de Eça de Queirós, porque revolucionou a prosa portuguesa. É preciso não esquecer também o seu jornalismo, de que destaco a análise feita sobre o Ultimatum de 1890, intitulada «Novos Factores da Política Portuguesa». (Pode ser lida na colectânea que organizei para a editora Principia, intitulada Eça de Queirós, Jornalista.)
O Livro de Cesário Verde, que me devolveu o gosto por ler poesia em português.
(Texto publicado na edição de Outubro da revista LER)
Um poema de Ruy Belo (1933-1978)
SEGUNDO POEMA DO OUTONO
Quantas vezes ainda verei eu cair
as pálidas leves folhas do outono?
- Não pode um homem vê-las
cair e conseguir viver
(e cá estou também eu
cá estou eu incorrigivelmente a cantar
as gastas folhas do outono
as mesmas das minhas mais antigas leituras
as primeiras e as últimas que tenho visto cair
Haverá outra poesia que não
a que cai nas tristes
folhas do outono?)
- Não pode o homem ver
cair as folhas e viver
Algumas das últimas aquisições da biblioteca
Mário de carvalho, Um deus passando pela brisa da tarde, Caminho.
Júlio Magalhães, Os retornados, Círculo de Leitores.
Mário Zambujal, À noite logo se vê, Oficina do Livro.
LITERATURA AFRICANA DE LÍNGUA PORTUGUESA
Mia Couto, Venenos de Deus, remédios do diabo, Caminho
LITERATURA ESTRANGEIRA (TRADUZIDA)
Doris Lessing, A fenda, Presença.
Santa Montefiore, A árvore dos segredos, Círculo de Leitores.
LITERATURA JUVENIL (TRADUZIDA)
Robert Muchamort, O recruta, Porto Editora.
Jeanette Winterson, O guardião do templo, Asa.
OBRAS CIENTÍFICAS
Antonieta Herrero, Gramática Prática del Español, Porto Editora.
AAVV, Atlas histórico, Círculo de leitores.
AAVV, Grande atlas do mundo, Círculo de Leitores.
AAVV, Atlas enciclopédia escolar, Círculo de Leitores.
Estreia hoje o filme "A Turma"
Entretanto, antecipando-se a esta estreia, a Dom Quixote lançou há poucas semanas o romance de François Bégaudeau em que o filme se inspira (e no qual Bégaudeau assume o papel do professor). A tradução, difícil e ingrata, é de Isabel St. Aubyn. Eis um excerto:
«Pedi a Khoumba que lesse o extracto, ela respondeu que não lhe apetecia.
– Apeteça-te ou não, lê.
– Não vai obrigar-me a ler.
Chamei a atenção dos restantes vinte e quatro.
– Que nome tem o que Khoumba acaba de fazer?
– Insolência.
– Muito bem, Kevin. É verdade que estamos perante um especialista.
Khoumba começou a engolir as sílabas como sempre que se insurge, com um sorriso de través porque as amigas periféricas gracejavam. Na falta de melhor ideia, disse-lhe que ficasse na sala depois da aula.
(…)
– Vamos passar o ano inteiro assim?
– Assim como?
– Pede desculpa.
– Desculpa de quê? Não fiz nada.
– Pede desculpa. Enquanto não pedires desculpa não te deixo sair.
Khoumba hesitava entre salvar as aparências e juntar-se às colegas que a todo o momento espreitavam pela porta entreaberta.
– Não, não peço desculpa não fiz nada.
Para me irritar fingiu recuperar o caderno que eu mantinha suspenso para a irritar a ela.
– Não querias mais nada. Arranca-me o braço, já agora.
Khoumba fechou-se de novo.
(…)
– Repete comigo: professor, peço desculpa por ter sido insolente.
– Não fui insolente.
– Estou à espera: professor, peço desculpa por ter sido insolente.
– Professor, peço desculpa por ter sido insolente.
Disse-o maquinalmente, com uma ostensiva ausência de convicção. Ainda assim, restituí-lhe o caderno, do qual se apoderou de imediato antes de correr para a porta. No momento de desaparecer no corredor, exclamou
– não concordo.
Dei um salto mas demasiado tarde. A pequena silhueta indisciplinada descia a correr um andar abaixo de mim. Desisti, de nada valeria gritar-lhe ameaças. De regresso à minha secretária, dei um pontapé numa cadeira que se voltou. Quatro pernas de ferro para o ar.»
26 outubro 2008
27 de Outubro - Dia da Biblioteca Escolar
24 outubro 2008
18 outubro 2008
17 outubro 2008
Novo romance de José Saramago
Sugestão para o fim-de-semana
13 outubro 2008
Mapa da lusofonia
Embora haja ainda uma notória desproporção entre o número de falantes (estimado actualmente em cerca de 200 milhões) e a importância e o prestígio internacionais que detém, a nossa língua é uma das grandes línguas de cultura da humanidade, ocupando o quinto lugar a nível mundial e o terceiro, no contexto ocidental, logo a seguir ao Inglês e ao Castelhano.
98 anos de República
Connosco, a História não passa à história.
12 outubro 2008
Françoise Hardy canta "Tous les garçons et les filles de mon âge" (1964)
Esta é a "cançoneta" por excelência do/a adolescente "gauche" que cada um de nós foi, é ou será algum vez na vida. Não é uma "chanson", mas apenas música ligeira. Mas oiçam. Mas olhem. É Françoise Hardy, em gravação de 1964.
Já está nas bancas o número de Outubro
09 outubro 2008
04 outubro 2008
Faleceu o escritor Dinis Machado (1930-2008)
03 outubro 2008
Comemorações da implantação da 1ª República
01 outubro 2008
Primeiro dia de aulas
24 setembro 2008
2008/2009
(fotografia de Robert Doisneau)
05 junho 2008
Requisição de livros
02 junho 2008
Dia do Bombeiro
27 maio 2008
Dia do Bombeiro
Convite
Dia do Bombeiro
28 de Maio
Palestra
“O papel do bombeiro na sociedade actual”
A Equipa da Biblioteca convida todos os professores interessados e com disponibilidade de horário a participar na palestra que irá ser dinamizada pelo Senhor Vítor Bertelo, Comandante do Quadro de Honra dos Bombeiros Voluntários do Entroncamento, no dia 28 de Maio das 10h00 às 11h30, na biblioteca da escola.
Agradecemos a sua visita. Seja bem-vindo(a).
21 maio 2008
Nuno Rogeiro na Escola Secundária
A obra que acabou de publicar é a primeira no domínio da ficção e destina-se a um público jovem. As histórias, como explicou aos presentes, foram criadas à medida das exigências dos filhos e muitas vezes serviram de Histórias para Comer, o subtítulo que recorda essa função. A passagem à escrita anos depois surgiu por sugestão destes primeiros destinatários.
12 maio 2008
Dia das Vocações
A psicóloga do SPO, Drª Joana Cachucho, dinamizará uma palestra sobre Orientação Escolar dirigida a alunos do 8º Ano, na biblioteca da nossa escola, quarta-feira 14 de Maio.
1ª Sessão: 10h00 às 11h30
2ª Sessão: 11h45 às 13h15
Organização BE/CRE
02 maio 2008
Dia da Liberdade de Imprensa
Encontro com Nuno Rogeiro
- 1ª sessão: 10h00 - 11h30
- 2ª sessão: 11h45 - 13h15
- 3ª sessão: 14h50 - 16h20
Nuno Rogeiro é autor nas áreas de Ciência Política e estreou-se na ficção com este livro de histórias para crianças e adolescentes.
Com um pequeno ensaio “pedagógico”, ilustrações do autor e alguns desafios aos leitores, aqui ficam, As aventuras de Miguel.
As Aventuras de Miguel
Histórias para Comer
Nuno Rogeiro
GRADIVA/JÚNIOR
Nº de páginas: 272
Ano de Edição: 2008
ISBN: 978-989-616-235-1
Convidam-se todos os professores interessados e com disponibilidade de horário a participar nas actividades.
Agradecemos a sua visita. Seja bem-vindo(a),
18 abril 2008
Dia Mundial do Livro
16 abril 2008
Novidades Literárias
Aventurem-se nesta descoberta!
O vosso livro está algures nestas prateleiras à vossa espera!
Novidades Literárias - Abril/2008
OLIVEIRA, Carlos, (2005), Uma abelha na chuva, Lisboa, Assírio & Alvim, 3ªEdição.
ROGEIRO, Nuno, (2008), As aventuras de Miguel – Histórias para comer, Lisboa, Gradiva, 1ªEdição.
SANTOS, José Rodrigues, (2007), O Codex 632, Lisboa, Gradiva, 28ªEdição.
SANTOS, José Rodrigues, (2007), O Sétimo Selo, Lisboa, Gradiva, 1ªEdição.
VASCONCELOS, José Mauro, (2008), O Meu Pé de Laranja Lima, Lisboa, Dinapress, 5ªEdição.